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sábado, 16 de junho de 2018

Um trote de jogadores em companheiros do Dom Bosco em Corumbá terminou em gargalhadas...


De avião, claro, lá se foi o Dom Bosco para Corumbá para jogar com o Corumbaense Futebol Clube e o Marítimos pelo Campeonato Estadual de 1975 do Mato Grosso indiviso. Naquele tempo, por causa das dificuldades de transporte por terra e por água em um estado com 1,230 milhão de km2, os jogos oficiais com os dois representantes de Corumbá eram atrelados para se evitar cansativas viagens.

O primeiro jogo do Dom Bosco foi em um domingo contra o Corumbaense. No sábado, alguns boleiros do azulão – entre eles, Dirceu Batista e o goleiro Saldanha – saíram do hotel onde estavam concentrados para dar um “rolé” pela cidade. E viram, sem serem vistos, em um bar outro grupo de jogadores, entre os quais Lúcio Bala, Gaguinho, Fidélis e o mordomo Tyresoles. Na parede, o telefone do bar...

Foi aí que o grupinho de Dirceu Batista decidiu passar um trote nos companheiros. Alguém ligou para o bar, como se fosse de uma rádio de Corumbá e, com a voz dissimulada, marcou uma entrevista com todos eles no hotel. Gaguinho, que sempre se considerou muito esperto – quando jogou no CEOV, o zagueiro vivia passando a perna no eterno dirigente Rubens dos Santos... – ficou como uma espécie de porta-voz da turma.

Quando o grupo de Dirceu Batista voltou para o hotel, encontrou o pessoal que estava no bar todo eufórico, esperando o pessoal da rádio para conceder entrevistas. Os jogadores já tinham até tomado banho, trocado de roupa, passado perfume, ensaiado mentalmente respostas para as perguntas dos entrevistadores...

Toda vez que cruzava com os companheiros no hotel, o grupinho de Dirceu Batista dava um toque em Lúcio Bala, Gaguinho e Fidélis, perguntando sobre a entrevista. Só de sacanagem! E a resposta dos três era sempre a mesma: “Estamos sabendo...”

Só depois de muitas risadas é que o grupo liderado por Gaguinho ficou sabendo que a esperada entrevista não passava de um trote. E se alguém não tivesse dado com a língua nos dentes, Lúcio Bala, Gaguinho e Fidélis estariam esperando para conceder a entrevista até hoje...    

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Repórter setorista do Operário não teve como narrar ao vivo a agressão que sofria no Estádio Mané Garrincha

O Clube Esportivo Operário Várzea-grandense jogava no Estádio Mané Garrincha contra o Tangará pelo Campeonato Mato-grossense de Futebol de 2009. Jogo bem equilibrado, marcado por uma ou outra jogada mais violenta de ambos os lados.

A certa altura do 2º tempo, com o tricolor de Várzea Grande vencendo pela contagem mínima e que foi o resultado final da partida, dois jogadores adversários se desentenderam, os reservas do time da casa entraram em campo e os operarianos também, e o pau comeu solto.

Depois de muito “pega pra capar”, como dizem os torcedores, os ânimos foram serenados e o jogo chegou ao fim sem maiores consequências. Apesar do clima tenso que imperou no Mané Garrincha depois do sururu...

Quando ia saindo do campo, que havia invadido durante a confusão, um diretor do Tangará passou por um radialista dentro do alambrado e perguntou-lhe quem era ele...

– Sou o Lacerda Cintra, da Rádio Cultura de Cuiabá, repórter setorista do Operário. Estou aqui fazendo a cobertura do jogo...
– Ah, é!... – Então vai levar umas “bolachadas” também...

E tome porradas no radialista que havia registrado nos mínimos detalhes o festival de pancadarias no campo, mas, surpreendido, não teve como narrar ao vivo os bofetões que estava levando no Mané Garrincha...

Percebendo o que acontecendo com Lacerda Cintra, diretores e integrantes da Comissão Técnica do Operário correram em seu socorro, afastando o radialista do agressivo dirigente do time tangaraense. Livre das garras do agressor, Cintra desabafou:

– Eu vim de Cuiabá para cumprir meu trabalho e aqui no Estádio Mané Garrincha e sou agredido por um membro da comissão técnica do time da casa. Mas isso não vai ficar assim! Vou procurar os meus direitos... 

Entretanto, a ameaça de Cintra foi feita em um momento de pura raiva, pois no retorno a Cuiabá, o radialista não quis nem saber de registrar um Boletim de Ocorrências na Polícia Civil para dar início a um processo contra seu agressor.

Mas, ao que se sabe, o radialista nunca mais voltou a Tangará da Serra para cobrir um evento esportivo, principalmente no Estádio Mané Garrincha...