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sábado, 29 de setembro de 2018

Juiz que não usava cueca foi soltar um pum em pleno jogo e encheu a bermuda... de merda


Ewller dos Reis Brás, o Pirata, que foi contemporâneo de muitos juízes da velha guarda que marcaram época no futebol mato-grossense – Elói Natalino Nascimento, Mário Martins Rodrigues, Miguel Arruda, Wilson Eraldo Silva, Salim Gonçalves, Orlando Antunes de Oliveira, Benedito Pio dos Santos, os irmãos Gílson e Geson Rodrigues e tantos outros –, sempre foi um gozador de marca maior. Com ele não tinha tempo ruim, estava sempre de bem com a vida, pronto para aprontar alguma travessura...   

Para começo de conversa Pirata, que adorava apitar futebol – quando não era escalado pela FMF para trabalhar nos finais de semana dava um jeitinho de arrumar uma boquinha em jogos entre amadores ou simples “peladas” – não usava cueca de jeito nenhum.  “A qualquer hora você pode entrar numa fria...” – advertiam o juiz seus amigos mais chegados, mas ele não levava em conta as ponderações.

Um dia, Pirata, que faleceu faz muito tempo, apitava no mini estádio do bairro Pedregal ou Planalto um jogo de campeonato amador. De repente, ele sentiu vontade de soltar um pum. E mandou ver... e só  quando ele sentiu uma quenturinha escorrendo pelas suas pernas se deu conta que havia enchido sua bermuda... de merda!

Nisso, um forte pé-de-vento passou pelo campo, com o redemoinho deslocando na direção de Pirata uma página de jornal velho. Ele não vacilou: pegou o jornal e começou a se limpar ali mesmo, onde estava.

E para não mostrar a bunda para a torcida, abaixando a bermuda, o juiz ia fazendo a higiene de traz para frente, espalhando disfarçadamente pedaços de papel sujos de merda por onde passava correndo...

Muitos torcedores perceberam o que estava acontecendo dentro do campo e começaram a se manifestar ruidosamente, uns aplaudindo, outros vaiando o caradurismo do árbitro. A torcida se divertia, dando gargalhadas...

Diante do ineditismo da situação, alguns jogadores sugeriram que Pirata se dirigisse ao vestiário para fazer uma higiene completa para se livrar do mau cheiro da merda. Mas ele se recusou: “O jogo é de campeonato, não pode parar! Continuem jogando...”

domingo, 23 de setembro de 2018

Gente boa, José da Silva ganhou notoriedade como árbitro por causa de suas trapalhadas...


 Simplesmente, José da Silva -- este o nome de um árbitro que passou pela Federação Mato-grossense de Futebol, entre o crepúsculo da década de 1970 e o limiar da de 1980 e que se tornou famoso nos meios esportivos não porque era um astro na arte de apitar futebol, mas pelas trapalhadas que aprontava dentro de campo. Ninguém sabe que fim levou José da Silva, nem se está vivo ainda ou já subiu para o andar superior...

-- Era uma pessoa muito legal, divertida, mas como juiz de futebol, um desastre – afirma um velho funcionário da FMF.

Outra pessoa que conheceu bem José da Silva é o ex-árbitro Orlando Antunes de Oliveira, com longa passagem pelo futebol do Paraná, de Mato Grosso e de Mao Grosso do Sul e hoje cronista esportivo radicado em Cuiabá. José da Silva trabalhou como bandeirinha em alguns jogos apitados por Orlando Antunes, inclusive em um amistoso em 1977 no Verdão entre Mixto e Grêmio Porto-alegrense e cujo resultado foi um empate pela contagem mínima – recorda o ex-juiz.

-- Sujeito muito legal, o José da Silva trabalhava direitinho como bandeirinha, porém como árbitro era um Deus nos acuda. Desengonçado, ele tinha um jeito muito esquisito de correr com a bandeirinha nas mãos e por isso era chamado de “Trote de Vaca...” – afirma Antunes.     .   

Numa quarta-feira à noite, José da Silva apitava no Verdão, um jogo oficial do Campeonato Mato-grossense de Futebol. De repente, José da Silva começou a fazer gestos com os dois braços, suspendendo a partida. Todo mundo correu na sua direção para saber o que estava acontecendo e ele explicou: havia perdido o apito. Isso mesmo!

Os jogadores dos dois times, entre os quais Bife, que na época jogava no Mixto ou no Operário Várzea-grandense, delimitaram uma área por onde José da Silva tinha corrido nos últimos minutos e passaram a ajudar o árbitro a procurar o apito.

Mas com a grama alta do Verdão e a pouca luminosidade dos refletores, nada do danado do apito aparecer. Alguns jogadores chegaram a dizer que aquilo era coisa do diabo...

Para sorte do juiz, alguém da mesa da FMF apareceu com um apito e o emprestou a José da Silva. Encerrada a partida, ainda no campo, um jogador abaixou o meião, pegou o apito que o juiz havia perdido e o entregou ao seu dono: ele havia achado o objeto, mas o escondeu no seu uniforme, por pura sacanagem...       
     

sábado, 15 de setembro de 2018

Wilson Eraldo da Silva: uma carreira curta como árbitro profissional, mas muitas histórias para contar...


Wilson Eraldo da Silva
 Nos seis anos em que trabalhou como juiz da Federação Mato-grossense de Futebol -- de 1987 a 1992 – e ainda hoje mexendo com arbitragem na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sedel) dos Jogos Estudantis de Mato Grosso, Wilson Eraldo da Silva tem muitas histórias para contar. Principalmente do período de militância na FMF, com seguidas andanças pelo interior. Eram tempos difíceis, mas muito divertidos também...

Lembra Wilson Eraldo que o pessoal que era escalado pela FMF para trabalhar em jogos aos domingos em Juara – 709 km de Cuiabá – o juiz, os dois bandeirinhas, chamados hoje de assistentes, o delegado (representante) da entidade e o financeiro saía na sexta-feira, porque se o ônibus de linha quebrasse, a equipe corria o risco de ter que esperar o do dia seguinte para completar o percurso. Com as condições precárias das estradas de chão, as viagens para aquela região do Médio Norte eram verdadeiras aventuras...   

Como aconteceu uma vez uma vez com o Dom Bosco, que saiu de Cuiabá no sábado pela manhã para jogar em Juara no dia seguinte, com arbitragem de Wilson Eraldo. O sol já ia alto no domingo e nada do azulão dar as caras na cidade. A diretoria do time da casa já estava preocupada, quando apareceu um viajante com um recado para os juarenses: a delegação dombosquina estava na beira da rodovia dava acesso a Juara esperando socorro para terminar de chegar.

O socorro que o Dom Bosco precisava: cinco pneus em boas condições de tráfego, porque os cinco já substituídos durante a viagem não tinham a mínima condição de continuar rodando. Arrumaram um caminhão de serraria para carregar toras de árvores e despacharam para socorrer o azulão...

Terminada a troca, lá se foram os jogadores em meio aos cinco pneus para Juara, pois o pequeno bagageiro do ônibus já estava lotado com o material esportivo do clube e a malas e mochilas da delegação.

Nesse dia, os dombosquinos tiveram que correr 90 minutos com fome, porque o jogo tinha que começar mais cedo e seria uma temeridade a moçada almoçar, fora do horário normal, e logo depois o time entrar em campo para jogar bola...

Desse histórico jogo do Dom Bosco, Wilson Eraldo lembra que o azulão venceu por 3x0, na maior moleza. E a turma do clube dombosquino saiu de campo feliz da vida, não apenas com o resultado favorável, mas também porque a moçada não ia ter problema para retornar a Cuiabá, pois um diretor alviceleste havia conseguido com o presidente da FMF, o falecido Carlos Orione, antes da viagem, um empréstimo pessoal de R$ 700,00, que garantiu o jantar antes da volta e o tanque cheio do velho ônibus...

Em outro jogo que foi apitar em Juara, antes do jantar no próprio hotel onde o trio de arbitragem estava hospedados, Wilson Eraldo pediu que os seus dois auxiliares – Elói Natalino do Nascimento e Miguel Arruda, este já falecido – se comportassem com a máxima discrição possível, para não serem reconhecidos. O anonimato era uma questão de prudência para segurança deles – justificou o árbitro.

Mas na hora que foi temperar sua salada, Wilson Eraldo notou que os saleiros da mesa estavam entupidos, por causa da umidade. Ele se serviu e não perdeu a oportunidade para, com a cumplicidade de Elói Natalino, sacanear Miguel Arruda: afrouxou a tampa do saleiro e ficou só observando o que ia acontecer. Quando Miguel colocou a salada no prato e virou o recipiente com o tempero, encheu o prato de sal. Wilson e Natalino caíram na risada...

Miguel foi trocar de prato, claro, e Wilson Eraldo advertiu-o: “O restaurante vai te cobrar duas refeições...”

Depois de jantar, Miguel foi palitar os dentes e novamente acabou sendo  vítima de peraltice da dupla. Ao virar o vidrinho de cabeça para baixo, foi aquele esparramo de palitinhos sobre a mesa, pois a tampa do recipiente também havia sido afrouxada. E aí não tiveram como esconder mais quem eram eles, pois muita gente que estava jantando nas imediações dos três percebeu a mancada e começou a dar gargalhadas...

Considerado um árbitro “durão”, Wilson Eraldo afirma que tem boas recordações dos tempos que apitava e trabalhava como assistente no interior, pois sempre foi tratado com respeito e consideração pelos clubes. Em Juara, por exemplo, os dirigentes do União Esporte Clube Juara sempre providenciavam condução para levar o pessoal da FMF para o estádio que se chamava Zé Paraná, em homenagem a José Pedro Dias, fundador da cidade e colonizador do município.

Mas quando isso não acontecia, o pessoal da FMF ia e voltava a pé para o estádio, cobrindo uma distância de cerca de quatro quilômetros nos dois trajetos. Wilson Eraldo explica porque a turma preferia a caminhada: se uma passagem de ônibus de Cuiabá a Juara custava R$ 100,00, os taxistas cobravam R$ 80,00 para fazer o trajeto hotel-estádio e vice-versa...

No decorrer de sua carreira como juiz de futebol, Wilson Eraldo testemunhou muitas cenas hilariantes que passaram para a história do futebol mato-grossense. Como uma que aconteceu no Verdão em um clássico entre Mixto e Operário, pelo Campeonato Mato-grossense, na década de 1980.

O jogo transcorria normalmente, quando aos 40 minutos do 1º tempo, o zagueiro mixtense Miro deu um “carrinho” por trás em um atacante do tricolor várzea-grandense. Lance digno de expulsão. O juiz Gílson Rodrigues marcou a falta e meteu a mão no bolso para puxar o cartão vermelho, mas não achou nada. Chamou, então, o arbitro reserva, cujo nome ele não se lembra, que não estava também com os cartões amarelo e vermelho. Gilson recorreu então aos dois auxiliares José Roberto (Cipó) Feitosa Soares e Salim Gonçalves, que tinham esquecido em casa seus cartões...

Só lhe restou uma saída: interromper o jogo, que terminou empatado por 0x0, e correr até o vestiário dos árbitros para pegar o cartão para punir Miro. Mas demorou tanto para achar os cartões que deveriam estar no seu bolso e também e nos dos seus três auxiliares, que Gílson Rodrigues, meio sem graça, mostrou apenas cartão amarelo para Miro...

Outra hilária história que Wilson Eraldo testemunhou: a delegação de juízes de futebol da Sedel chegou a Alta Floresta, no norte do Estado, para apitar a modalidade dos Jogos Estudantis de Mato Grosso. Uma viagem cansativa de mais de 800 quilômetros pela BR-163 e pela MT-419, bem esburacadas nos velhos tempos...

Logo na chegada da delegação ao local onde o pessoal ia ficar alojado havia um recado da FMF – naqueles velhos tempos não existia ainda celular – na portaria do hotel: o juiz Mário Martins Rodrigues, o Xuxa, devia pegar o primeiro ônibus e voltar para Cuiabá, pois havia sido escalado pela CBF para atuar como assistente no final de semana no Maracanã, no Rio de Janeiro, no jogo entre Botafogo e São Paulo pelo Campeonato Brasileiro da Série A. O juiz foi Antonio Pereira da Silva, de Goiás, e o São Paulo ganhou o jogo por 3x1.

Claro que Xuxa chiou. Mas seu companheiro de profissão, Ewller dos Reis Brás, o Pirata, um gozador de marca maior, deu-lhe a maior “força”: “O máximo que pode acontecer, Xuxa, é seu avião cair no pantanal de Mato Grosso ou de Mato Grosso do Sul e você acabar sendo comido por jacarés ou por uma onça pintada...”  Pirata já subiu para o andar superior faz muito tempo... – lamentam  seus amigos.      
           

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Orione obrigou juiz e bandeirinha a devolverem dinheiro de suborno do União

Cipó entre Valdir da Silva Almeida (a sua direita)
e Émerson Coelho
O União ia disputar um jogo importante contra o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, no Estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis, pelo Campeonato Mato-grossense de Futebol. A partida transcorreu normalmente e foi vencida pelo tricolor por 1x0. Um dos bandeirinhas foi José Roberto Feitosa Soares, o Cipó, que não notou nada de anormal durante o jogo.

Quando o trio de arbitragem entrou no vestiário no final da partida, o juiz -- cujo nome não vem ao caso, bem como o do outro bandeirinha -- ergueu sua bolsa que estava sobre um banco, e anunciou para os dois companheiros: “Deixaram aqui uns trocados pra gente tomar água mineral... eu fico com a metade e vocês dois dividem a outra parte!...” Os trocados somavam R$ 180,00, valor que o juiz já sabia, claro...

-- Eu não quero saber disso, gente. E tem mais: vou denunciar vocês dois à nossa Federação. Fui bem claro?...

Como nos velhos tempos – Cipó militou no Departamento de Árbitros da FMF de 1988 a 1999 – era muito comum juízes e bandeirinhas aceitarem suborno de clubes, a dupla que trabalhou com ele naquele jogo não levou a sério a sua ameaça.

Não deu outra: na segunda-feira seguinte ao jogo, a primeira coisa que Cipó fez foi procurar o presidente da FMF, Carlos Orione, e denunciar os dois corruptos. 

Imediatamente, Orione convocou uma reunião entre os três e como no “olho no olho” a dupla não teve como negar acusação de Cipó, o dirigente da entidade determinou que os dois devolvessem o dinheiro recebido do clube, o que foi feito e comprovado posteriormente, para escaparem de uma punição rigorosa...

Essa não foi a única vez que Cipó se viu envolvido em um caso de suborno. Há muitos anos, ele foi apitar no Estádio Geraldão um jogo entre o Cáceres Esporte Clube e o Vila Aurora, de Rondonópolis. Terminado o primeiro tempo, Cipó foi para o vestiário e, de repente, apareceu um dirigente do clube da casa e conhecido como Pacu, que se aproximou dele e enfiou a mão no seu bolso...

Surpreendido e julgando que o dirigente estava com más intenções com aquela atitude estranha e muito suspeita, Cipó prendeu com força no bolso de sua bermuda a mão do abusado diretor e gritou o nome do delegado da FMF naquele jogo e que tinha entrado também no vestiário, para testemunhar o que estava acontecendo para não ficarem dúvidas sobre aquela inusitada cena, que poderia ser vista por outras pessoas...

Meio desconcertado, o dirigente do Cáceres esclareceu a sua atitude: ele havia enfiado a mão na bermuda de Cipó não com a intenção que o juiz estava suspeitando, mas simplesmente para deixar um agradinho para ele. Em seguida, tirou a mão do bolso de Cipó e a abriu, mostrando um pacotinho de cédulas de dinheiro num total de R$ 500,00... 

O agradinho que o Cáceres quis dar ao juiz custou caro ao dirigente. Denunciado ao Tribunal de Justiça Desportiva da FMF, com base no relatório do árbitro Cipó, Pacu pegou uma suspensão de 180 dias... 

sábado, 1 de setembro de 2018

Autógrafo de Pelé a Beleza em guardanapo chique provocou reação de dona de hotel de Cuiabá...

 Beleza nos tempos do Santos e agora (Arquivo Google)
Quando esteve em Cuiabá em 1998 para lançar para o Projeto Siminino no Estado, o ministro do Esporte, Édson Arantes do Nascimento, o lendário Pelé, voltou a encontrar um velho companheiro dos tempos dos dois no Santos Futebol Clube, durante o almoço no Hotel Fazenda Mato Grosso, no Coxipó: o lateral direito Luiz Carlos Beleza.

Claro que o zagueiro, que depois que deixou o Santos e jogar pelo Juventus, veio para Mato Grosso, onde jogou no Mixto, Dom Bosco e Operário, não perdeu a oportunidade e pediu um autógrafo para Pelé. O ex-companheiro não se fez de rogado e à falta de alguma coisa mais apropriada, tascou a dedicatória em um dos chiques guardanapos do restaurante do hotel,

A dona do hotel não gostou da atitude do famoso craque. Mas Beleza tentou convencê-la que o autógrafo no guardanapo era um prestígio para o seu hotel. “Afinal, o Pelé é o Rei do futebol mundial...” – disse-lhe Beleza. Ela sabia quem era Pelé porém não sabia que os dois personagens do autógrafo já haviam jogado juntos no famoso clube santista. 

O apelido que Luiz Carlos incorporou ao prenome e que nada tem a ver com as suas características físicas, tem uma explicação: nos jogos do Santos ou em simples coletivos do alvinegro na Vila Belmiro, onde ele ficou em 74 e 75, Pelé sempre elogiava a atuação do companheiro, dizendo que seu futebol “é uma beleza”. De elogio em elogio de Pelé, o adjetivo foi pegando e quando Luiz Carlos chegou ao Mixto, o apelido já estava consagrado.

Mas existe outra versão para o apelido, como o próprio Luiz Carlos admite: ele não tinha nada de bonito e o irreverente Pelé passou a chamá-lo de Beleza, mais como uma gozação do que propriamente se estivesse fazendo uma referência à sua aparência. Como todo “Rei” tem seus seguidores, os santistas passaram também a chamar Luiz Carlos de Beleza. Daí...      

Apesar de ter ficado na Vila Belmiro, onde inclusive morava, durante dois anos, poucas vezes Luiz Carlos Beleza jogou junto com Pelé. É que na época o Santos tinha muitos jogadores do mais alto nível – Edu, Clodoaldo, Cejas, Oberdã, Cláudio Adão, Carlos Alberto Torres, Adilson, que depois veio para o Dom Bosco, e tantos outros –, que era difícil se firmar como titular...

Um dos jogos importantes em que Luiz Carlos atuou como titular foi na semifinal do Torneio “Governador Laudo Natel”, com vitória do Santos sobre o Corínthians por 2x0. Naquele jogo, Luiz Carlos foi eleito pela equipe de esportes da TV Tupi, liderada por Eli Coimbra e Walter Abrahão, como o melhor jogador em campo, ganhando inclusive um Motorádio. Pelé que nesse dia atuou como comentarista esportivo, votou também em Beleza.

Alguns dias depois de receber o prêmio, Luiz Carlos Beleza estava andando pelas ruas de Santos e viu Pelé na barbearia do Didi, que era quem cortava o cabelo do maior jogador de futebol do mundo. Beleza entrou no salão e deu o rádio de presente para Pelé. Afinal, para que ficar com um rádio que era para carro, que ele não tinha...        .

Da sua convivência com o grande craque do futebol mundial, Luiz Carlos Beleza lembra-se até hoje da despedida de Pelé do Santos FC. Foi em 1975, em um jogo numa quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, contra a Ponte Preta, que perdeu por 2x0, Aliás, naquele ano Pelé passou a maior parte do seu tempo cuidando de sua transferência para o Kosmos, dos Estados Unidos, do que jogando pelo Santos. Na despedida histórica, Beleza foi o reserva de Carlos Alberto Torres... 

(Republicado por falhas no sistema de acesso).