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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Massagista do CEOV bebeu todo o álcool que era para socorrer jogadores


Foto meramente ilustrativa. (Arquivo Google)
Campeonato Amador de Futebol Várzea Grande, de 1985: o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense enfrentava o Vila Nova, no campo do adversário,  em Bom Sucesso. Um jogo muito pegado e cujo único resultado que interessava aos dois tradicionais rivais era a vitória.

Com o grande empenho da boleirada dentro de campo, de vez em quando surgiam jogadas mais ríspidas de ambos os lados, na luta pela vitória. Valia até “chutar para o mato, porque o jogo é de campeonato...” – como se diz.

De repente, um jogador do Operário sofreu uma entrada mais dura de um defensor do Vila Nova e se machucou. Aparentemente, era uma contusão grave, porque o boleiro não conseguia nem ficar em pé, apesar de sua vontade de continuar em campo.

Os operarianos procuravam ajudar o jogador contundido, enquanto acenavam para o massagista entrar em campo para atender o companheiro. Mas que nada! O massagista, cujo nome ninguém se lembra, passadas mais de três décadas, continuava sentado na beira do campo. E só gritava: “Faz folhão nele”!, “Faz folhão nele!...”

Folhão era um termo que os boleiros usavam para identificar um tipo de exercício que aplicavam em um companheiro machucado, movimentando seus braços em vários sentidos até ele se recuperar...

Alguns jogadores estranharam o comportamento do massagista, correram até a beira do campo para pegar a caixa de remédios para socorrer o companheiro e só então descobriram o motivo da sua indiferença: ele havia bebido todo o  álcool puro – mais de um litro -- muito usado para massagear os boleiros quando se machucavam dentro de campo...

Nos velhos tempos de poucos recursos da indústria farmacêutica para socorrer quem sofria uma lesão jogando bola, o álcool era um santo remédio. E naquele dia a rapaziada do CEOV não pôde contar nem com o álcool, que logo cedo foi parar no bucho do massagista...

     

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