Foto meramente ilustrativa. (Arquivo Google) |
Campeonato Amador de Futebol
Várzea Grande, de 1985: o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense enfrentava
o Vila Nova, no campo do adversário, em
Bom Sucesso. Um jogo muito pegado e cujo único resultado que interessava aos
dois tradicionais rivais era a vitória.
Com o grande empenho da
boleirada dentro de campo, de vez em quando surgiam jogadas mais ríspidas de
ambos os lados, na luta pela vitória. Valia até “chutar para o mato, porque o
jogo é de campeonato...” – como se diz.
De repente, um jogador do
Operário sofreu uma entrada mais dura de um defensor do Vila Nova e se
machucou. Aparentemente, era uma contusão grave, porque o boleiro não conseguia
nem ficar em pé, apesar de sua vontade de continuar em campo.
Os operarianos procuravam
ajudar o jogador contundido, enquanto acenavam para o massagista entrar em
campo para atender o companheiro. Mas que nada! O massagista, cujo nome ninguém
se lembra, passadas mais de três décadas, continuava sentado na beira do campo.
E só gritava: “Faz folhão nele”!, “Faz folhão nele!...”
Folhão era um termo que os
boleiros usavam para identificar um tipo de exercício que aplicavam em um
companheiro machucado, movimentando seus braços em vários sentidos até ele se
recuperar...
Alguns jogadores estranharam
o comportamento do massagista, correram até a beira do campo para pegar a caixa
de remédios para socorrer o companheiro e só então descobriram o motivo da sua
indiferença: ele havia bebido todo o álcool puro – mais de um litro -- muito usado
para massagear os boleiros quando se machucavam dentro de campo...
Nos velhos tempos de poucos
recursos da indústria farmacêutica para socorrer quem sofria uma lesão jogando
bola, o álcool era um santo remédio. E naquele dia a rapaziada do CEOV não pôde
contar nem com o álcool, que logo cedo foi parar no bucho do massagista...
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