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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Carlos Pedra agrediu companheiro que quebrou seringa de vidro com estimulante no vestiário...


Já estava passando da hora do Operário Várzea-grandense entrar em campo no Dutrinha para enfrentar o Mixto, pelo Campeonato Mato-grossense de 1973 e o goleiro Carlos Pedra, do tricolor, enrolado e puto da vida porque não conseguia encontrar alguém no vestiário para lhe aplicar uma vitamina na veia de um dos braços  uma dose do estimulante glucoenergan, cujo uso entre os boleiros era muito comum naqueles velhos tempos do futebol romântico de Mato Grosso.

De repente, surge perto de Carlos Pedra o atacante Zé Pulula, que imediatamente foi intimado pelo goleiro para lhe aplicar injeção.

  Mas eu não entendo disso, companheiro! – justificou Zé Pulula para se recusar a aplicar a injeção em Carlos Pedra.

  É simples Pulula. Eu aperto meu braço, até surgir uma veia e aí você enfia a agulha nela e injeta o líquido – afirmou Carlos Pedra, enquanto colocava um pé sobre um vaso do banheiro para apoiar o braço que seria espetado.

Porém, aconteceu uma tragédia. Nervoso, Pulula foi cumprindo direitinho às instruções de Carlos Pedra, mas na hora de injetar o líquido no braço do goleiro, ele deixou a seringa cair no piso do vestiário e aí foi caco de vidro e glucoenergan para todos os lados...

Irritado, Carlos Pedra partiu para cima de Zé Pulula, muito puto da vida com a sua trapalhada. Depois de algum tempo, Carlos Pedra foi para o campo e sem o efeito do estimulante, parecia mais uma barata tonta no gol operariano. Inclusive levou dois gols nos 15 minutos iniciais da partida.

Notando que alguma coisa anormal estava se passando com Carlos Pedra, os operarianos começaram a pedir para o goleiro se jogar no chão, simular uma contusão. Numa das quedas do goleiro, os jogadores fizeram uma rodinha e alguém lhe aplicou uma injeção da milagrosa vitamina, sem que a torcida e a arbitragem percebessem o que estava acontecendo...

Daí em adiante, Carlos Pedra não deixou mais passar nem pensamento no seu gol, com o Mixto conformando-se com a magra vitória por 2x1, quando tudo levava a crer que o alvinegro ia ganhar o clássico de goleada... – recorda Zé Pulula.
          

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