Com a sua longa experiência de
21anos (de 1978 a 1999) como integrante do Departamento de Árbitros da FMF e
dos quais 16 anos como árbitro da CBF (1984 a 1999) e promovido a aspirante da
Fifa em 1993 até encerrar a carreira, lá se foi Joelmes Jesus da Costa para
Campo Grande-MS para apitar Operário x
Grêmio, de Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. Como assistentes, a CBF
havia escalado Wilson Eraldo da Silva e Mário (Xuxa) Martins ou Ari Euclides –
Joelmes não se lembra mais...
Naquele ano – que o árbitro
não se recorda também – a CBF tinha assinado um contrato milionário com uma
poderosa fabricante de material esportivo para divulgação de seus produtos. O
uso do material doado à entidade máter do futebol brasileiro para todos os
juízes do seu quadro – camisas, bermudas, chuteiras e meias – era obrigatório,
conforme o contrato assinado com a CBF.
Com um calo no calcanhar direito
já até sangrando, Joelmes encerrou o primeiro tempo do jogo no Morenão mancando
e com muita dor. Para azar seu, ele não tinha levado seu velho par de
chuteiras, certo de que seus pés iam se adaptar muito bem com as novas pisantes,
apesar do esporão que já tinha lhe causado alguns sérios problemas...
Mas aí, Wilson Eraldo, que
tinha levado na sua bolsa as suas velhas chuteiras e que já estavam até
rasgando de tanto serem usadas, emprestou-as a Joelmes. Ele fez um curativo no
calcanhar, calçou a velha chuteira de Wilson e não teve dificuldades (nem
dores...) para levar o jogo até o fim...
Encerrada a partida,
ficou combinado entre os dois que Wilson ia ficar com as chuteiras novas de
Joelmes até amaciá-las, enquanto seu companheiro usaria as surradas suas. Mas
já faz seguramente uns 20 anos que Wilson decidiu fazer o favor ao companheiro
de arbitragem e até hoje quando os dois se falam e Joelmes pergunta que fim
levou o seu par de chuteiras novas, a resposta de Wilson é sempre a mesma:
“Ainda estou amaciando elas!...”
É só ter mais um pouco de paciência. Claro que vai ser devolvida.
ResponderExcluirPelo jeito, grande Scuca, paciência é que não falta ao Joelmes. Da última vez que falei com ele sobre a sacanagem do Wilson Eraldo, ele estava calminho...
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