O sol já estava arrebentando
mamona naquela manhã de domingo de 1998 ou 1999 no Verdão e nada Dom Bosco dar
sinal de vida no gramado para enfrentar o Barra do Garças, em jogo muito
importante, pois ia definir a última vaga do quadrangular decisivo do
Campeonato Mato-grossense de Futebol. O próprio árbitro Joelmes Jesus da Costa
já estava muito preocupado, porque não sabia mais que desculpas dar à torcida e
também à crônica esportiva para justificar o atraso para início da partida.
A meia hora de tolerância
que o juiz poderia esperar para dar a saída de bola para considerar o
Barra do Garças vencedor por WO já havia estourado, quando Joelmes foi
procurado por dirigentes do Dom Bosco e do Barra do Garças que foram lhe fazer
muito mais que um pedido um dramático apelo: ele esperar mais um pouco para dar
início a peleja, pois naquele momento o Leão da Colina Iluminada não dispunha.de
jogadores suficientes nem para entrar em campo, ou seja, oito atletas...
Veio então à tona a triste
realidade que envolvia o Dom Bosco naquela temporada: quatro ou cinco de seus
jogadores estavam, naquela hora, defendendo um clube amador em um campeonato no
Jardim Paulista, no Coxipó. O Dom Bosco sabia disso, mas não podia cobrar nada dos seus
profissionais. Afinal, o dinheiro que os atletas recebiam antecipadamente por
jogo no futebol amador era superior aos seus salários mensais no clube...
Finalmente, com um grande
atraso, o jogo começou. Com o causticante sol que fazia no Verdão, os
dombosquinos, principalmente os que disputavam a segunda partida com o
intervalo de uma viagem do Jardim Paulista, ao Verdão,
começaram a por a língua para fora da boca de tão cansados. O Barra do Garças
aproveitou-se da situação que lhe era favorável e venceu o jogo, que garantiu sua presença no
quadrangular, por 3x0, sem fazer a menor força...
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