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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Juiz retardou início da partida no Verdão porque o Dom Bosco não tinha jogadores para entrar em campo


O sol já estava arrebentando mamona naquela manhã de domingo de 1998 ou 1999 no Verdão e nada Dom Bosco dar sinal de vida no gramado para enfrentar o Barra do Garças, em jogo muito importante, pois ia definir a última vaga do quadrangular decisivo do Campeonato Mato-grossense de Futebol. O próprio árbitro Joelmes Jesus da Costa já estava muito preocupado, porque não sabia mais que desculpas dar à torcida e também à crônica esportiva para justificar o atraso para início da partida.

A meia hora de tolerância que o juiz poderia esperar para dar a saída de bola para considerar o Barra do Garças vencedor por WO já havia estourado, quando Joelmes foi procurado por dirigentes do Dom Bosco e do Barra do Garças que foram lhe fazer muito mais que um pedido um dramático apelo: ele esperar mais um pouco para dar início a peleja, pois naquele momento o Leão da Colina Iluminada não dispunha.de jogadores suficientes nem para entrar em campo, ou seja, oito atletas...

Veio então à tona a triste realidade que envolvia o Dom Bosco naquela temporada: quatro ou cinco de seus jogadores estavam, naquela hora, defendendo um clube amador em um campeonato no Jardim Paulista, no Coxipó. O Dom Bosco sabia disso, mas não podia cobrar nada dos seus profissionais. Afinal, o dinheiro que os atletas recebiam antecipadamente por jogo no futebol amador era superior aos seus salários mensais no clube...

Finalmente, com um grande atraso, o jogo começou. Com o causticante sol que fazia no Verdão, os dombosquinos, principalmente os que disputavam a segunda partida com o intervalo de uma viagem do Jardim Paulista, ao Verdão, começaram a por a língua para fora da boca de tão cansados. O Barra do Garças aproveitou-se da situação que lhe era favorável e venceu o jogo, que garantiu sua presença no quadrangular, por 3x0, sem fazer a menor força...      

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