A velha guarda do futebol cuiabano volta às origens para lembar um passado distante e de muito brilho. De agora em diante, nada de política. (Foto: arquivo de Lito) . |
Um pequeno grupo da velha
guarda do futebol cuiabano encabeçado por Totó Arruda, ex-jogador e ex-presidente
do Dom Bosco, já está se movimentando para voltar a promover a festa de
confraternização que durante mais de uma década reunia, tradicionalmente no dia
15 de novembro, ex-dirigentes, ex-atletas e ex-comunicadores que ajudaram a
construir a história e o folclore desse esporte na capital mato-grossense, como
registra o livro Casos de todos os
tempos Folclore do futebol e Mato
Grosso.
A confraternização vinha
sendo realizada com grande brilhantismo até que em 2011, o então
vice-governador Chico Daltro, empolgado com o sucesso do evento, que chegava a
reunir até 400 pessoas, decidiu encampar a festa, transformando-a em um evento
político, inclusive passando a homenagear gente que nada tinha a ver com o
futebol cuiabano. Com a elitização do evento – em 2011 foi realizado no Hotel
Fazenda Mato Grosso e no ano seguinte no Cenarium Rural – muitos ex-atletas humildes deixaram de prestigiar a festa de confraternização da velha guarda do
futebol cuiabano.
Em 2013, o Governo do Estado
simplesmente deixou de promover a festa e não deu satisfação nem às pessoas que
vinham lutando para manter essa tradição, entre elas Totó Arruda e Glauco
Marcelo. No ano seguinte, um pequeno grupo, com o apoio da Associação Atlética
Banco do Brasil, retomou a confraternização, mas a festa esteve longe de repetir
o brilho das anteriores. Em 2016, o evento de novo não foi realizado para
decepção de muitos personagens que ajudaram a escrever a história do futebol
cuiabano.
O pequeno grupo que sempre se empenhou para preservar essa tradição do futebol cuiabano está começando a trabalhar mais cedo para a retomada da confraternização. Vai se buscar inclusive parceiros para o tradicional evento, pois as despesas são muito grandes, principalmente com alimento e cerveja. “Muitas vezes a gente programava carne e cerveja para duzentas pessoas e na hora da festa, que se estende por todo o dia, apareciam o dobro da previsão...” – afirma um dos organizadores da festa do futebol dos velhos tempos...
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