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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Pai-de-santo previu goleada do Mixto... que perdeu de 4x0 para o Dom Bosco

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 Meio sem rumos, pois não conheciam muito bem a cidade, lá foram Antero Paes de Barros, diretor do Departamento de Futebol Profissional do Mixto; Roberto França, treinador; Benedito Lisboa do Nascimento, mordomo, para Várzea Grande, na tentativa de localizar um centro espírita, em busca de uma ajudazinha do além para o alvinegro, que no final de semana teria um difícil compromisso contra o Dom Bosco e precisava vencer de qualquer jeito...

Garante Nelson Tomaz, o Nelsinho’s cabeleireiro dos mixtenses, que o jogo foi pelo Campeonato Estadual de 1971, quando Roberto França, que tinha iniciado a carreira de treinador no Palmeirinhas, do Porto, teve uma curta passagem pelo Mixto. A permanência de França à frente do Mixto dependeria de uma vitória contra o Dom Bosco.

Nos meios esportivos, naqueles tempos em que se acreditava muito na influência da macumba no futebol, dizia-se que o espírito que o pai-de-santo várzea-grandense incorporava era muito poderoso no plano espiritual: ‘trabalho” feito sob sua proteção, não tinha quem desmanchava ou atrapalhava...

Definidos os detalhes que levaram o trio mixtense a buscar ajuda no centro espírita, o pai-de-santo começou a fazer suas mandingas. A certa altura, ele colocou um caldeirão com água em um fogareiro e dentro da vasilha um copo de vidro...

Quando a água iniciou a fervura, o copo começou a dar estalos, chamando a atenção dos mixtenses. Foram um, dois, três estalos, a curtos intervalos. Quando o copo deu um estalo mais forte, o pai-de-santo anunciou o fim do “trabalho”. E vaticinou: “Foram quatro estalos, o Mixto vai ganhar o jogo por quatro a zero...”

Antero, França e Lisboa voltaram para Cuiabá felizes da vida! Afinal, ganhar de  4x0 do Dom  Bosco era um grande feito.

Chegou o dia do esperado clássico, com o Dutrinha lotado. O pai-de-santo acertou em cheio no placar: 4x0... só que para o Dom Bosco!   

        

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