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Meio sem rumos, pois não
conheciam muito bem a cidade, lá foram Antero Paes de Barros, diretor do
Departamento de Futebol Profissional do Mixto; Roberto França, treinador;
Benedito Lisboa do Nascimento, mordomo, para Várzea Grande, na tentativa de
localizar um centro espírita, em busca de uma ajudazinha do além para o
alvinegro, que no final de semana teria um difícil compromisso contra o Dom
Bosco e precisava vencer de qualquer jeito...
Garante Nelson Tomaz, o
Nelsinho’s cabeleireiro dos mixtenses, que o jogo foi pelo Campeonato Estadual
de 1971, quando Roberto França, que tinha iniciado a carreira de treinador no
Palmeirinhas, do Porto, teve uma curta passagem pelo Mixto. A permanência de
França à frente do Mixto dependeria de uma vitória contra o Dom Bosco.
Nos meios esportivos,
naqueles tempos em que se acreditava muito na influência da macumba no futebol,
dizia-se que o espírito que o pai-de-santo várzea-grandense incorporava era
muito poderoso no plano espiritual: ‘trabalho” feito sob sua proteção, não
tinha quem desmanchava ou atrapalhava...
Definidos os detalhes que
levaram o trio mixtense a buscar ajuda no centro espírita, o pai-de-santo
começou a fazer suas mandingas. A certa altura, ele colocou um caldeirão com
água em um fogareiro e dentro da vasilha um copo de vidro...
Quando a água iniciou a
fervura, o copo começou a dar estalos, chamando a atenção dos mixtenses. Foram
um, dois, três estalos, a curtos intervalos. Quando o copo deu um estalo mais
forte, o pai-de-santo anunciou o fim do “trabalho”. E vaticinou: “Foram quatro
estalos, o Mixto vai ganhar o jogo por quatro a zero...”
Antero, França e Lisboa
voltaram para Cuiabá felizes da vida! Afinal, ganhar de 4x0 do Dom
Bosco era um grande feito.
Chegou o dia do esperado
clássico, com o Dutrinha lotado. O pai-de-santo acertou em cheio no placar:
4x0... só que para o Dom Bosco!
...
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