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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Inconformado com a roubalheira, massagista do BGFC ameaçava até matar o árbitro Camarinha

Arimateia: barragarcense da
velha guarda 
 Diretores e jogadores do banco de reservas do Barra do Garças FC não suportavam mais a fumaceira que o massagista Padre Cícero espalhava pela área onde estavam perto do vestiário do extinto Verdão, pitando sem parar, usando a bituca de um cigarro para acender o outro.

De repente, alguém teve uma ideia luminosa e gritou: “Um jogador nosso se machucou, está caído no campo...”

Padre Cícero pegou sua maleta de massagem e invadiu o campo, correndo feito um desesperado, em busca do jogador contundido...

Aí aconteceu o inusitado, que divertiu muito a torcida presente ao Verdão para ver o jogo entre o Operário e o Barra do Garças, pelo Campeonato Mato-grossense de 1978 ou 79 – não se lembra com exatidão o dirigente barragarcense José Arimateia: o polêmico árbitro Armando Camarinha desandou a correr atrás de Padre Cícero para expulsá-lo de campo.

Padre Cícero que inclusive foi vereador em Barra do Garças cultivava o péssimo hábito de fumar muito. Torcedor fanático do BGFC, naquele dia o massagista tinha um bom motivo para fumar mais do que o normal para tentar aplacar a sua raiva: o árbitro Camarinha estava metendo a mão no seu clube...

Embora jogando muito bem, o time barragarcense não conseguia nem chegar perto da área do Operário por causa da marcação cerrada de Camarinha. Sem dar a mínima bola para os bandeirinhas, ele marcava tudo contra o Barra do Garças e nada contra o Operário...

– Só no primeiro tempo foram marcados sete impedimentos do Barra do Garças e nem um contra o Operário – recorda Arimateia.

Apesar de sua boa atuação, mas tendo contra si a arbitragem de Camarinha, o Barra do Garças acabou perdendo o jogo por 1x0, resultado que a própria torcida operariana e a crônica esportiva da capital consideraram injusto.

 Terminado o jogo, Padre Cícero sumiu. Quando os barragarcenses deixavam o campo, ao passarem pelo vestiário dos árbitros ouviram choro e soluços e, disfarçadamente, foram ver o que estava acontecendo...

E viram: nos primeiros degraus da escada que dava acesso ao campo e ao vestiário, estava Padre Cícero agarrado ao completamente imobilizado Armando Camarinha, e repetindo sem parar “Eu vou te matar! Eu vou te matar! Eu vou te matar...”


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